quarta-feira, 12 de maio de 2010













ALGUMAS ABORDAGENS PSICOLOGICAS


1. O BEHAVIORISMO


O behaviorismo surgiu com John Watson (1878-1958) em 1912. O período de 1913 a 1930 é conhecido como o do behaviorismo clássico, polêmico e programático. Sua linha era nitidamente contra a introspecção, método até então preferido pelos psicólogos, apesar das críticas já feitas por William James. Entre 1930 e 1940, surgiu o neo-behaviorismo, com Clark L. Hull, que transformou o clássico num sistema mais minucioso experimentalmente, baseado na teoria do comportamento adaptado, de Pavlov. Dentre os neo-behavioristas encontra-se Skinner.
O processo do condicionamento clássico, como foi descrito por Pavlov, consiste numa substituição de estímulos: "Um estímulo, antes neutro, adquire o poder de eliciar a resposta que originalmente era eliciada por outro estímulo". Skinner chama o experimento pavloviano de condicionamento do tipo S e o seu de tipo R. No primeiro, as respostas são eliciadas (respondentes) e no segundo, emitidas (operantes). O reforço no condicionamento operante é dado após a resposta exigida, quando aparece a resposta condicionada. A ação do organismo produz o agente que reforça. Portanto, o condicionamento do tipo S diz respeito a respostas do sistema nervoso autônomo e o do tipo R ao comportamento motor (músculos estriados).
1.1 Tipos de Reforços
a) Reforço Positivo: é aquele que apresentado a uma situação favorece o surgimento da resposta operante. Água e alimento, por exemplo.
b) Reforço Negativo: é um estímulo que, removido, fortalece a probabilidade de uma resposta operante. Choque elétrico, calor ou frio intenso, barulho etc.
c) De Intervalo: é o reforço intermitente apresentado em intervalos fixos de tempo (de 5 em 5 minutos, por exemplo).
d) De Razão: o reforço é apresentado em intervalos de tempo padrão, após um número x de respostas.
No experimento do rato na caixa, o alimento (bolinha de queijo) reforça a pressão da barra. Ele só aparece quando o rato pressionar a barra e se for suspenso, dar-se-á a extinção do operante. O rato também pode discriminar: só recebe alimento quando a barra é pressionada e uma lâmpada acende; quando pressiona no escuro, não. Por discriminação, só pressionará com a lâmpada acesa.
A teoria de Skinner teve pronta aceitação porque na prática o reforço é dado justamente pela ação do indivíduo. O pai só elogia o filho quando este dá a resposta esperada; o filho, fazendo o desejado pelo pai recebe o prêmio, a recompensa, o reforço positivo. E vai aprendendo a buscar o incentivo positivo com diferentes tipos de comportamento, Uma série de operantes podem ser estabelecidos, com reforços primários e secundários (alimentos e palavras, por exemplo), formando encadeamentos. Através de sucessivas aproximações é possível obter-se uma seqüência desejada.
Para o behaviorismo, o organismo se parece com um responding (um ser respondente) às condições (estímulos), produto de processos ambientais e internos. O objeto da Psicologia tinha sido até então a alma, ou a consciência, a mente.
A personalidade para o behaviorista é um conjunto, um sistema de hábitos. Os hábitos são organizações de reflexos condicionados. A maior importância é dada aos fatores ambientais e a hereditariedade é relegada para segundo plano. O homem é produto do ambiente, e essa afirmação é valida no sentido bem radical.
Podemos resumir a posição de Skinner nas seguintes declarações: Quando ocorrer uma reação, reforce-a e o sujeito tenderá a reagir de novo da mesma maneira. Negue o reforço ou castigue o sujeito e a reação tenderá a desaparecer.
O reforço operante é um meio extremamente possante para "modelar a personalidade". Skinner e outros o usaram em grande número de problemas práticos, incluindo aprendizagem programada ("máquinas de ensino") e o tratamento de distúrbios comportamentais. Em Walden Two (1948), ele chegou até a esboçar o esquema para uma sociedade utópica, baseada em seus métodos de controle de comportamento. Sua disposição para os métodos de moldar o comportamento por meio de reforços numa escala extremamente ampla de comportamento e opiniões e seu talento para apresentar seu ponto de vista a um público geral, fizeram dele uma figura controvertida.

2. TEORIA PSICANALÍTICA DE FREUD

A psicanálise é um método de estudo do comportamento humano, uma teoria do comportamento e um método de tratamento. Freud foi o fundador da Psicanálise, a qual se constitui em uma maneira de examinar os mecanismos e conteúdos psíquicos, os quais o indivíduo geralmente não pode explorar por meio de um exame racional da sua própria consciência. formado em psiquiatria, ele passou a vida tratando de pessoas desajustadas. Das suas experiências de consultório, formulou aos poucos uma teoria da personalidade de vasto alcance e grande influência.
O ponto central de sua teoria é a divisão da personalidade em três sistemas principais: o id, o ego e o superego.
2.1 Id.
O id (palavra latina que significa isto) é o sistema original, inato da personalidade, do qual surgem os dois sistemas. É o reservatório deenergia psíquica que fornece a força para a operação de toda a personalidade. Está em estreito contato com os processos físicos, dos quais recebe sua energia.
O id contém os instintos básicos do sexo e da agressão (também chamados instintos de vida e de morte). Seu conteúdo não está diretamente disponível à consciência. Dizemos que existe num estado de repressão, o que significa que as forças ativas se opõem a sua transformação em conhecimento consciente. Para investigar esse conteúdo e os processos inconscientes, Freud desenvolveu os métodos da associação livre e análise dos sonhos.
O id não pode tolerar aumentos dolorosos de tensão. Conseqüentemente, se seu nível aumentar, seja por estímulos externos, seja por excitações produzidas internamente, ele procurará descarregar esta enorme tensão imediatamente, de maneira impulsiva e muitas vezes irracional. Este método impulsivo de redução-da-tensão, pelo qual o id opera, é chamado o princípio do prazer.
O conteúdo do id inconsciente modifica-se muito pouco após os seis anos de idade. Portanto, este se constituem uma formação carregada de complexos dessa época. os mais importantes desses complexos são o complexo de Édipo e o complexo de castração. O complexo de Édipo contém o desejo sexual da criança pelo progenitor do sexo oposto e sua hostilidade para o progenitor do mesmo sexo. No menino, o complexo de castração consiste no medo de que será emasculado pelo pai por desejar a mãe. Ma menina, consiste na inveja dos órgãos genitais mais salientes do homem.
Ela também sente ter sido castrada no começo da vida como castigo por desejar o pai e odiar a mãe. Essa sensação é reforçada pela hemorragia que ocorre durante a menstruação. Os dois complexos exercem uma tremenda influência sobre nossos sentimentos e interações, tanto com o mesmo sexo quanto com o sexo oposto, ao longo de nossas vidas.
2.2 Ego
O ego surge porque o id não se torna capaz de satisfazer as necessidades do organismo por meio de transações apropriadas e racionais com o mundo objetivo da realidade. Ele opera de acordo com o princípio da realidade, cujo objetivo é evitar a descarga de tensões do id até que se encontre um objetivo apropriado, no mundo externo, para aquela necessidade. Em seus contatos, usa a percepção, a memória e o pensamento.
O ego é chamado de executivo da personalidade pois dirige as portas que levam à ação, escolhe os aspectos do ambiente com os quais reagirá e decide quais instintos serão satisfeitos e de que maneira. Ele procura integrar as exigências freqüentemente conflitantes do id, do superego e do mundo externo. Isso não é uma tarefa fácil e às vezes lhe causa ansiedade. Para evitar a ocorrência de ataques de ansiedade, ele aprende a usar várias defesas, incluindo a repressão, deslocamento, formação reativa, projeção, racionalização e sublimação.
O ego é a sede da consciência, embora muitos dos seus processos e conteúdos existam num estado de pré-consciência. Isto significa que se tornam facilmente conscientes quando surge a necessidade. Embora Freud considerasse o ego como o executivo da personalidade, admitia que ele sempre ficasse servindo ao id. "Esta parte antiga do aparelho mental continua sendo a mais importante por toda a vida" (Freud 1940). Alguns teóricos, psicanalistas atualizados, deram ao ego uma posição dentro da personalidade, que o forma independente do id. De acordo com esta nova opinião, que costuma ser chamada de "psicologia do ego", ele não surge do id. Possui suas próprias predisposições inerentes, energias, satisfações e linhas do desenvolvimento. Seus objetivos podem tornar-se totalmente independentes das metas instintivas, Em um curto espaço de tempo, torna-se autônomo. Essencialmente, o que a psicologia do ego declara é que o homem não precisa ser escravo do instinto e do impulso; pode tornar-se um ser humano inteiramente cônscio e plenamente racional.
2.3 Superego.
O terceiro e último sistema da personalidade a desenvolver-se é o superego. É o representante interno dos valores ideais tradicionais da sociedade, como foram interpretados para a criança, por seus pais, e inculcados por meio de recompensas e castigos que se lhe impuseram. Constitui-se no braço moral da personalidade; representa antes o ideal do que o real, empenhando-se mais em obter perfeição do que prazer.
O superego tenta inibir os impulsos do id, especialmente os do sexo e da agressão, já que esses são aqueles cuja expressão é mais intensamente condenada pela sociedade. Tenta também convencer o ego a trocar metas realistas por moralistas. Com a formação do superego, o domínio sobre si mesmo substitui a direção dos pais ou externa. Sob circunstâncias comuns, esses princípios divergentes costumam colaborar como um conjunto sob a liderança administrativa do ego. A personalidade funciona normalmente como um todo integrado, muito mais do que como três segmentos separados. Caso não seja assim, a pessoa estará em dificuldades.
2.3 Conclusão
De maneira muito geral, podemos pensar no id como o componente biológico da personalidade, no ego como o componente psicológico e no superego como o componente social.
O método psicanalítico criado por Freud, se detém na interpretação dos sonhos e dos fatos infantis, concluindo que existe uma força impulsionando o homem à ação, à busca do prazer. Essa força é a libido, energia sexual, que se expande em forma de instintos sexuais, instintos de vida (Eros). Enquanto Eros é vida, Tanatos (instinto de morte) representa a síntese dos desejos de destruição do que é vivo.
Os instintos sexuais. A primeira infância (0-3 anos) é a fase mais significativa para o psicanalista. Durante o primeiro ano de vida existe a concentração da libido na região oral; no segundo, na anal; do terceiro ao quinto, é o estágio fálico; do quinto ao sétimo ano, o complexo de Édipo aparece e a criança terá que se definir, regra geral identificando-se com o ser do mesmo sexo; do sétimo ao décimo primeiro ano, a fase é chamada de latência, sendo os desejos, sentimentos e idéias subjugadas pelas imposições culturais; a fase genital é atingida ao final da puberdade. Durante as fases infantis, o próprio corpo da pessoa é o objeto através do qual o prazer é encontrado. Na adolescência, existe a catexia, a canalização dos impulsos sexuais para a pessoa do sexo oposto. As neuroses são decorrentes dos embaraços, das frustrações, dos traumas ocorridos nas fases iniciais.


3. A GESTALT

Os gestaltistas consideram como sendo o mais significativo aspecto da experiência sua totalidade e inter-relacionamento. Para eles, qualquer tentativa de analisar o comportamento em partes estava condenada a falhar porque perdia a mais importante e distintiva característica da experiência - sua totalidade, organização e configuração. Nenhum estímulo tem um sentido ou significado constante; tudo depende do padrão de eventos circundantes. A água morna é sentida como quente por uma pessoa que tenha estado com a mão imersa em água gelada, mas é sentida como fria quando a mão esteve anteriormente na água quente. Uma pessoa de 1,80 parece pequena quando jogando basquete em uma
equipe profissional, mas parece um gigante quando se encontra entre pigmeus.
A abordagem fenomenológica dirigiu o interesse da psicologia da Gestalt para os processos de pensamento, raciocínio e solução de problemas. Outra área que ela produziu impacto foi particularmente a da percepção-visual. Uma importante lei de organização perceptual da Gestalt é a de agrupamento perceptual. Tendemos a organizar nosso campo ou mundo visual em grupos significativos de objetos, configurações ou estímulos. O agrupamento ilustra claramente a noção geral da Gestalt de que o todo
é diferente da soma de suas partes. Uma cena global, portanto, depende de como você vê a relação figura-fundo e de como as várias partes da cena estão organizadas umas em relação às outras. Os itens são agrupados em termos de:
3.1. Proximidade.
Itens próximos um ao outro são percebidos como um todo.
3.2 Semelhança
Itens que se parecem mais estreitamente uns com outros são percebidos como unidades.
3.3 Simetria.
Itens que formam unidades simétricas são agrupados juntos.
3.4 Fechamento.
Itens são percebidos como formando uma unidade completa, mesmo que estejam interrompidos por lacunas.
3.5 Continuação.
Itens com as mínimas interrupções são percebidos como unidades.
A Psicologia da Forma, como também é conhecida a Gestalt, teve em Kurt Koffka (1886-1941) o seu psicólogo voltado ao desenvolvimento infantil e em Wolfgang Köhler (1887-1968) o seu pesquisador do processo da aprendizagem. A eles veio juntar-se mais tarde Kurt Lewin(1890-1947), que desenvolveu uma variação da Gestalt, conhecida como teoria de campo, porque entende que o ser humano age num mundo de forças (vetores) com cargas (valências) positivas ou negativas. Assim, Lewin usa termos como locomoção, vetor, valência, retrogressão, pouco comuns nas obras de outros psicólogos.
Para Lewin, a percepção de um objeto ou fenômeno pode dar nascimento a uma tensão psicológica (por exemplo, um desejo), ou pode comunicar-se com um estado de tensão já existente, de tal modo que esse sistema de tensão assuma com ele o controle da conduta motora. As valências (atrações e repulsões de objetos - meta percebidos) atuam como forças ambientais que guiam a conduta subseqüente. Então essa conduta leva ao saciamento ou à resolução da tensão, de modo que haja aproximação de um estado de equilíbrio. Eis alguns princípios da teoria topológica:
a) Espaço vital. O espaço em que vivemos é psicológico, não físico. Duas pessoas que caminham pela rua se destinam a lugares diferentes; quando andam, o lugar em que andam tem diferentes significados para ambos. Meu espaço vital é o que vivo psicologicamente, visto de minha posição. O espaço vital é quase físico, quase social e quase conceptual. Está condicionado e influenciado pelo meio físico, social e conceptual, mas não pode ser identificado com o referido ambiente.
b) A pessoa no espaço vital. A pessoa é um ponto que se desloca no espaço vital. É uma região do espaço vital, tendo uma estrutura própria. A criança por exemplo, vive dentro das dimensões do espaço vital que não são semelhantes às do espaço vital que não são semelhantes às do espaço de um adulto. Ela não pode distinguir suas esperanças e desejos e as circunstâncias reais da vida. conforme envelhece, a pessoa tem maior diferenciação entre a realidade e a irrealidade, maior compreensão do passado, presente e futuro.
c) A concepção da personalidade. A personalidade é um todo único que não pode ser analisado por partes. Nada adianta analisar separadamente traços. No conjunto, cada traço adquire uma outra significação daquela que tinha quando visto isoladamente. A personalidade, enfim, deve ser entendida, não explicada. O entendimento é obtido pelo estudo do passado histórico do indivíduo e do presente cultural.
A personalidade forma com o ambiente que a afeta uma só unidade. Essa gestalt é o que Lewin chama de espaço vital. A personalidade, por outro lado, é o centro do campo de forças. As forças são representadas por vetores e o comportamento é uma resultante dos vetores presentes no campo, uns positivos, outros negativos.

4. TEORIA EXISTENCIAL - HUMANISTA

Não despreza as contribuições anteriores, o valor da experiência do ser humano. Busca ampliar a visão fragmentada do homem. Abordagem fenomenológica - Os fenômenos cotidianos, a experiência e os sentimentos são altamente significativos. A verdade está nos dados da experiência.
Os psicólogos humanistas geralmente enfatizam os aspectos positivos do homem e sua capacidade de crescimento. Ênfase na pessoa humana - totalidade e unicidade.
É personalisadora - Crescimento pessoal através do diálogo, do encontro com o outro, da intersubjetividade, da comunhão e da experiência mútua.
4.1 Teoria Rogeriana
O conceito principal de Rogers, e a pedra fundamental sobre a qual repousa a personalidade, é o da experiência. A experiência é tudo o que está potencialmente disponível à atenção do organismo. Esta totalidade de experiências constitui o campo (experiencial) fenomenal da pessoa. As experiências do organismo são sempre válidas e, enquanto agirmos de acordo com elas, a personalidade não será perturbada.
Dentro desse campo fenomenal, cria-se uma região que Rogers chama de eu ou conceito do eu. As experiências desse sistema do eu são as que sereferem ao "ego". São as maneiras nas quais eu vivo a experiência de mim mesmo. Declarações como as que se seguem são expressões de experiências do ego: "Eu não sou atraente". "Eu sou honesto". "Eu não sou muito inteligente". Essas declarações são auto-avaliações que podem não ser corretas pois o autoconceito fica muito influenciado pelas avaliações de outras pessoas, especialmente dos pais, quando a criança está crescendo.
Por serem essas avaliações algumas vezes positivas e outras vezes negativas, a criança aprende a fazer a diferença entre as ações e os sentimentos que convêm (aprovados) e os que não convêm (reprovados). As experiências inconvenientes tendem a ser excluídas do conceito do eu, mesmo que sejam organismicamente válidas. Isso resulta em um conceito que, em parte, destoa das experiências organísmicas. A criança procura ser o que os outros querem que ela seja ao invés de ser o que realmente é.
4.1.1 Postulados da teoria fenomenológica de Rogers:

4.1.1.1 A fé na capacidade do indivíduo. Num ambiente favorável a pessoa tem capacidade de enfrentar de forma construtiva osaspectos da vida que podem aflorar o campo da consciência, desenvolvendo suas potencialidades e enfrentando a vida social e profissional.
4.1.1.2 Tendência à atualização. Impulso à auto-realização e à regulação do organismo por si mesmo. tendência natural a atualizar-se, manter-se e desenvolver-se.
4.1.1.3 Self (auto-imagem). Idéia ou imagem de si mesmo, formada das percepções referentes ao próprio indivíduo em relação com os outros, com o seu ambiente, com a vida em geral (campo da experiência).
4.1.1.4 Abertura à experiência. Capacidade do indivíduo de reconhecer como se passam as vivências dentro de si próprio. Não significa
que deva ter consciência de tudo que se passa no seu íntimo. O mais importante é enfrentar barreiras.
4.1.1.5. Congruência. Quando se é o que é. Relação autêntica sem "máscara" ou fachada. Tendência de manter a própria organização. Se
organizar sempre que ocorrer uma percepção distorcida da realidade. Defesa ou reação à ameaça de uma configuração do seu eu.
4.1.2 O comportamento congruente como processo contínuo deve passar pelas seguintes fases:
4.1.2.1 O indivíduo sentir o que está acontecendo no seu organismo, isto é, experimentá-lo como algo real que existe e que está passando em si;
4.1.2.2 Perceber tal como está sentindo, isto é, representar adequadamente na consciência a experiência que está tendo.
4.1.2.3 Aceitar o que está percebendo - e tal como está percebendo - isto é, "assumir" como sua a experiência que está sendo representada, como algo que lhe pertence, como parte "natural" de si;
4.1.2.4 Manifestar a experiência tal como é aceita, isto é, expressar-se tal como pensa e sente.
Rogers considera a vida como "um processo que flui, que se altera e onde nada está fixado". A vida é força positiva que constrói o indivíduo. Todos os recursos, de que alguém precisa para o seu desenvolvimento encontram-se nas experiências que ela oferece. Saber reconhecer estas experiências e aproveitá-las convenientemente é o mais fundamental que cada um dispõe para alcançar sua própria realização. Não ajuda a ninguém viver uma vida que não é sua ou rejeitar ser o que realmente é. São desvios que trazem insatisfações e desajustamentos, impedindo a eficácia pessoal e criando obstáculos para o progresso. Na orientação não-diretiva, considera-se que a base necessária para mudanças desejáveis é a aceitação de si, aqui e agora: a partir do que o indivíduo realmente é, os recursos atualmente existentes podem ser descobertos, reconhecidos e utilizados para as mudanças necessárias numa direção mais construtiva.
A relação de ajuda, no enfoque não-diretivo, pretende dar ao indivíduo oportunidade para se conhecer como realmente é, aceitando o seu próprio processo de vida e nele se inserindo, a fim de utilizar os recursos pessoais, que as experiências lhe oferecem, para transformações construtivas de atitudes e comportamento.
4.1.3 Objetivos Educacionais da Teoria Rogeriana
Verdadeira e democraticamente, é proporcionar aos alunos condições para se tornarem pessoas, indivíduos.
4.1.3.1 O aluno só torna-se pessoa quando é capaz de tomar decisões pessoais, sentindo-se por elas responsável, em espírito crítico, adaptando-se com maleabilidade e inteligência a novas situações problemáticas.
4.1.3.2O professor rogeriano tem confiança na pessoa do aluno, aceitando tal como ele é, levando em conta seus sentimentos. Não ensina, mas facilita a aprendizagem, criando um clima de liberdade e responsabilidade. Facilita uma aprendizagem significativa.

4.1.3.3 Ultrapassa o nível intelectual, possibilitando a expressão dos sentimentos.
4.1.3.4 Necessidade de abandono da atitude onipotente, de dono do saber. Aceitar suas limitações. Ensinar é aprender, estar disposto a mudar. Levar o aluno a conquistar mais autonomia.
4.1.3.5 Não despreza as técnicas propostas pelo behaviorismo, mas não as considera essenciais.
4.1.3.6 Aprendizagem significativa acontece quando o aluno percebe a relevância do conteúdo a ser estudado para seus objetivos de aprendizagem. A pessoa aprende melhor o que busca e aprende por si. O conteúdo que decorre da curiosidade do aluno é mais facilmente assimilado.
4.1.3.7 A aprendizagem implica numa mudança de organização do self, mobiliza a percepção de si mesmo.
4.1.3.8 Incrementar um clima de liberdade favorece a autocrítica e o desabrochar da criatividade, bem como permite o aparecimento das divergências e das discordâncias, tanto a nível intelectual como emocional. Lidar com as discordâncias é uma aprendizagem a ser encarada. Estimular métodos que não visem unicamente conteúdo.

5. TEORIA COGNITIVA DE JEAN PIAGET

Para Piaget, a atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento "total" do organismo. Assim sendo, ele considerou o funcionamento intelectual como uma forma especial de atividade biológica. Ambas as atividades, intelectual e biológica, são partes do processo global através do qual o organismo adapta-se ao meio e organiza as experiências.
Piaget concebeu a inteligência como tendo dois aspectos, o cognitivo e o afetivo. O aspecto cognitivo tem três componentes: o conteúdo, a função e a estrutura. Ele identificou três tipos de conhecimento: o conhecimento físico, o conhecimento lógico-matemático e conhecimento social. O conhecimento físico é o conhecimento das propriedades dos objetos e é derivado das ações sobre os objetos.
O conhecimento lógico-matemático é o conhecimento construído com base nas ações sobre os objetos. O conhecimento social é o conhecimento sobre as coisas criadas pelas culturas e acontece através da interação com as outras pessoas e o meio ambiente. Cada tipo de conhecimento depende das ações físicas ou mentais. As ações instrumentais do desenvolvimento são aquelas que geram desequilíbrios e conduzem ao esforço de estabelecer equilíbrio (equilibração). Assimilação e acomodação são os agentes de equilibração, o auto-regulador do desenvolvimento.
Quatro fatores e suas interações são necessários para o desenvolvimento: a maturação, experiência ativa, interação social e equilibração.
O desenvolvimento cognitivo, enquanto um processo contínuo pode ser dividido em quatro estágios para fins de análise e descrição:

- Sensório-motor (0-2 anos). O desenvolvimento caminha da atividade reflexa à representação e a solução de problemas sensório-motores. Surgem os sentimentos primitivos de gostar e não gostar. A afetividade é investida no "eu".
- Pré-operacional (2-7 anos). Problemas resolvidos pelo emprego das representações mentais - desenvolvimento da linguagem (2-4). Pensamento e linguagem, ambos egocêntricos. Não pode solucionar os problemas de conservação. O desenvolvimento caminha da representação sensório-motora ao pensamento pré-lógico e à solução de problemas. Tem inicio o verdadeiro comportamento social. Intencionalidade ausente nos julgamentos morais.
- Operações Concretas (7-11 anos). Pensamento adquire reversibilidade. Pode solucionar os problemas de conservação – as operações lógicas são aplicadas na solução de problemas concretos. Não pode resolver problemas verbais e problemas hipotéticos complexos. O desenvolvimento caminha do pensamento pré-lógico à solução dos problemas concretos. Aparecimento da vontade e início da
autonomia. A intencionalidade é construída.
- Operações Formais (11-15 anos). Pode resolver todos os tipos de problemas, logicamente - e pensar cientificamente. Soluciona os problemas verbais e hipotéticos complexos. Estruturas cognitivas adultas. O desenvolvimento caminha da solução dos problemas concretos à solução lógica de todos os tipos de problemas. Emergência dos sentimentos idealistas e formação da personalidade. Início da adaptação ao mundo adulto. O desenvolvimento afetivo ocorre de modo semelhante ao desenvolvimento cognitivo. Isto é, as estruturas afetivas são construídas como as estruturas cognitivas. O aspecto afetivo é responsável pela ativação da atividade intelectual e pela seleção dos objetos sobre os quais agir.

Algumas recomendações são interessantes, levando-se em consideração a teoria piagetiana:

1. Os pais e professores devem assumir relações de respeito mútuo com as crianças, e não autoritárias, pelo menos alguma parte do tempo em que permanecem juntos. os professores podem encorajar as crianças a resolverem problemas por si mesmas e a desenvolverem a autonomia. Os professores precisam respeitar as crianças.
2. Quando a punição às crianças se fizer necessária, ela deve estar baseada na reciprocidade e não na expiação. Por exemplo, o menino que se recusa a arrumar o seu quarto pode ser privado das coisas que estão no seu quarto. À menina que bate em outras crianças, deve ser negada a interação com outras crianças.
3. Os professores podem promover a interação social nas salas de aula e encorajar o questionamento e o exame de qualquer problema que pode ser levantado pelas crianças.

4. Os professores podem envolver os alunos, mesmo os da pré-escola, em discussões de problemas. À medida em que ouvem os argumentos de seus colegas podem experimentar a desequilibração cognitiva, que pode conduzir à reorganização de seus conceitos. O conflito cognitivo é necessário para a reestruturação do raciocínio e para o desenvolvimento mental.
5. As escolas e as salas de aula podem ser reestruturadas de modo a permitir uma maior participação dos alunos nos aspectos significativos do processo de direção e administração da escola. A responsabilidade, a cooperação e autodisciplina não podem ser transmitidas às crianças autoritariamente. Tais conceitos devem ser construídos por elas a partir de suas próprias experiências, para o quê as relações de respeito mútuo são essenciais. É discutível a idéia de que as crianças podem desenvolver os conceitos de justiça, baseados na cooperação, em um ambiente cujo sentido de justiça tenha por base apenas a autoridade.

BIBLIOGRAFIA

- WADSWORTH, BARRY J. INTELIGÊNCIA E AFETIVIDADE NA CRIANÇA na Teoria de Piaget. São Paulo: Pioneira, 1992.
- RUDIO, FRANZ VICTOR. ORIENTAÇÃO NÃO DIRETIVA na educação, no aconselhamento e na psicoterapia. 11ª ed. Petrópolis, VOZES, 1991. p. 12 - 13.
- LINDZEY, GARDNER. HALL, CALVIN S. e THOMPSON, RICHARD F. - PSICOLOGIA, GUANABARA KOOGAN, 1977.
- CRUZ, THEREZINHA M. L. DA. - PRÁTICA DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA. São Paulo: FTD, 1987- Por Onde Começar?
- DORIN, LANNOY - ENCICLOPÉDIA DE PSICOLOGIA CONTEMPORÂNEA Psicologia da Infância e da Adolescência Desenvolvimento Religioso - Cap. XI - 2º Volume. Livraria Editora Iracema Ltda, 1978 - SP.
- VIESSER, LIZETE CARMEM - UM PARADIGMA DIDÁTICO PARA O ENSINO RELIGIOSO. Ed. VOZES, Petrópolis, RJ. 1994.
- BALEN, FREI CLAUDIO VAN - DINÂMICA RELIGIOSA E CONSTRUÇÃO DO SER HUMANO. ENSINO RELIGIOSO ESCOLAR - REVISTA DE EDUCAÇÃO AEC, Nº 88. Charbel Gráfica e Editora Ltda. Brasília, DF - 1993.
Como chegamos até a psicologia



O que é o PENSAMENTO MÍTICO?



-Puramente fé (idealização) de algo que você acredita, sem a necessidade de uma explicação.



Séc. X até Séc. VII a.C.



Psicologia (estudo da alma)



Mito de Psyche (Psyche=alma)



Psyche era uma mulher mortal, muito linda e inteligente, e sabia falar bem. Os mortais começaram a querer conhecer Psyche, ouvir o que ela falava, ver sua beleza. ((Relação entre deuses e mortais: inveja, ciúmes, raiva)). Quando Hera soube de Psyche e sua grande fama, ela se revoltou, chamou seu filho, Eros (Deus do Amor/Cupido), e mandou-o para Terra, para fazer com que Psyche fica-se apaixonada pelo homem mais desprezível possível. Então, Eros, chega até Psyche e se impressiona com sua beleza, e fura sem querer seu próprio dedo em sua flecha. Psyche vira objeto de amor deste Deus, ela não podia se casar agora nem com um mortal, nem com um Deus (era proibido). O pai da garota vai até o Oráculo e este diz que há um destino obscuro com relação a Psyche, mas ela será desposada por um monstro. O Oráculo manda o pai de Psyche vestir sua filha com roupa de noiva e leva-la até o alto de uma montanha (o povo vai junto). Então, o pai faz isso, e Psyche é deixada lá em cima sozinha. Ela dorme e o vento Zéfiro (bom vento) carrega Psyche para um lugar. Quando ela acorda, está no palácio mais lindo que jamais imaginou, e lá há tudo que ela precisa, até um marido (Eros). Ele diz que tudo aquilo é dela, mas ela NÃO pode vê-lo jamais (é um trato).

Psyche tem saudades da família, então as irmãs da garota são trazidas ao pelo vento Zéfiro. As irmãs adoram o lugar, mas dizem à Psyche se ela conhece o marido, e questionam se ele não é realmente o monstro. Psyche fica em duvida e monta um plano. Depois que as irmãs foram embora, ela pega uma lamparina, e pensa em chegar devagar perto de seu marido enquanto este dorme (leva uma faca caso seja um monstro). Ela faz isso e vê que era realmente o Deus Eros. Ela o acha lindo, e ela sem querer derruba azeite da lamparina no braço do Deus, que desperta. Então, Psyche, perde o palácio, perde tudo na vida. Hera estava satisfeita. Psyche sofre diversos castigos. O último deles, Psyche deveria ir até o Centro da Terra e falar com Prosérpia (Rainha do Inferno), e deveria trazer uma caixa que estava com esta rainha. Psyche assim o faz, e traz para a superfície a caixa, uma caixa que era proibida para ela abri-la. Psyche abre a caixa, e adormece. Eros fica com pena da garota (ele nunca deixou de ama-la), e vai falar com seu pai (Zeus) e explica o caso de paixão a ele. Ele pede ao pai que dê a Psyche uma alma. Zeus concede o pedido, então há todo um ritual e Psyche ganha uma alma. Alma seria imortal.



“O ser humano possui algo que o diferencia dos demais seres vivos, algo de origem divina”.



“Psicologia está preocupada com a dimensão psíquica, com as funções subjetivas”.



“Comparação entre a criação dos Deuses para mitologia, com os sentimentos humanos e o pensamento das crianças que dão VIDA aos seus brinquedos (animismo)”.



Pensamento Mítico



Séc. X a.C. até VII a.C.



-Organização, compreensão.



-Animismo: propriedade de animar a tudo (sol,...).



-Soberania dos deuses



Homero: -Ilíada (guerra entre gregos e troianos)

-Odisséia (sobre Ulisses, história dele voltando para suas terras 10 anos).



Hesíodo: -Teogonia (genealogia dos deuses)

-os trabalhos e os dias (importância do trabalho)



“Zeus fazia qualquer coisa para conquistar a mulher desejada: eu acho que isso mostra que o homem sempre teve em mente fazer qualquer coisa pela paixão”.



-KHÁOS-



“O que existia quando nada existia?”-grego.



Pensamento Mítico: Características e funções



“O que havia quando ainda não havia coisa alguma, quando havia nada? A esta pergunta os gregos responderam através de mitos. No inicio de tudo, o que primeiro existiu foi o Abismo: os gregos chamavam Kháos. É um vazio, um vazio escuro onde se distingue nada”.



“Gregos chamavam a Terra de Gaia, que surgiu do Kháos. Sendo a Terra algo especial (distinta, precisa, nítida, estável). Um lugar de deuses, homens e animais. Gera e alimenta tudo Idéia de Vernant”.



“O gênero de homens e deuses é igual, pois tudo vem do mesmo lugar, mas a forca é distribuída de forma diferente. Tudo vêm do mesmo lugar e também volta ao mesmo”.



Píndaro disse



“Vive-se o mito, no sentido em que se é impregnado algo assim pelo poder do segredo, que exalta os eventos rememorados ou ritualizados”. Mircéa Elíade



“Junção de energia sem forma = Kháos (daí tudo vai ser desdobrado e transformado, formando tudo)”.



“Gregos não percebiam que os deuses que eles criavam, tinham a personalidade deles próprios, dos humanos”.



Séc. VII até Séc. VI



-Grécia já está mais evoluída



Pensamento Pré Socrático: Observação da natureza, lógica, razão, compreensão.



Fisiólogos e Sofistas:



Fisiólogos: busca do principio originador da vida. Physis = princípio

Sofistas: Retórica, persuasão, linguagem.



Piaget: “Cada um de nós no projeto de desenvolvimento da inteligência reproduz o processo de pensamento da humanidade”.



“Os gregos observavam que a natureza não é estática”.



“Percebem que há um ciclo na natureza”.



Thales: "O principio da vida é a água”.



Heráclito: “Princípio de não permanência”.

“Tudo se transforma muito rápido”.

“Você nunca entra 2 vezes no mesmo rio, você já é outro, o rio já é outro”.

“O Fogo dá idéia dessa não permanência”.



Água, Fogo, Terra e Ar = 4 elementos principais.



“Foram os pré-socráticos que mapearam o céu e nomearam”.



Séc. V a.C.



Péricles: político do século V a.C., muito inteligente. “As artes começam a florescer muito pelo incentivo de Péricles”.

Sócrates disse: “só sei que nada sei” e “conhece-te a ti mesmo”.



Sócrates vêm de família com um certo reconhecimento social. Sócrates era um soldado ateniense.

“Platão, o discípulo de Sócrates, foi quem registrou as idéias”.



“Sócrates era sofista, apesar de não se considerar, ele respeitava muito os estudo de sofistas e fisiólogos, mas achava que a única matéria merecedora de estudo era o homem. O homem deveria se voltar para ele”.



-Método Socrático - (ponto de partida para o pensamento filosófico)



Pergunta coisas para pessoa, coisas sobre o que a pessoa mais sabe fazer, ia perguntando, perguntando e perguntando até embaralhar a pessoa e ela reconhecer que não sabe, reconhecer a ignorância (“só sei que nada sei”).



1ª parte do método: Ironia (perguntar), as perguntas davam pistas para o individuo reconhecer a ignorância. Então Sócrates sugeria organizar as idéias (vou ajudar dar luz as idéias/ serei o parteiro das suas idéias assim como minha mãe era parteira de mulheres).

2ª parte do método: Maiêutica: organizar os pensamentos. Com tudo isso, Sócrates criava na pessoa um censo crítico, muito importante.



Sócrates buscava o conceito das coisas. Exemplo: conceituar uma xícara é fácil... conceituar ética não, a xícara é algo concreto, a ética não.



Sócrates foi julgado aos 70 anos: “Corrompia os pensamentos dos jovens”. No tempo em que esperou a execução (um mês), ele falou muito sobre imortalidade da alma, e sobre um só Deus.



-Platão-



Os pais de Platão eram ligados a vida pública. A mãe tinha parentesco com Sólon; e o pai era da linhagem de um dos últimos reis da Grécia. Platão, crescendo envolvido por isso, moldado nisso, teve uma boa formação, era atleta (jogava discos). Platão caminha com Sócrates durante nove anos, aprendendo muito com seu mestre.

Platão fica desiludido com a vida política. Sai de Atenas co ma morte de seu mestre (devida a pressão), vai à Itália, e lá estuda com um grupo de pitagóricos (números); vai para o Egito e lá encontra seguidores de Eráclito (que acreditam na transformação constante); ao mesmo tempo convivia com os Sofistas.

Platão, na Sicília, encontra Dion (irmão de Dionísio. Este Dionísio, um ditador). Dionísio tinha um filho que era mantido preso para não roubar o poder do pai. Dion chama Platão para ir à Siracusa para falar seus projetos políticos, com o fim de desbancar Dionísio. Dionísio e Platão conversam...Platão é acorrentado por Dionísio, pois este o chamou de ditador. Platão é mandado para Hegina (terra natal de Platão). Estando em Hegina, Platão monta uma Academia (Campo de Academus). Havia a Escola de Isócrates que ensinava a falar. A de Platão era voltada a matemática e à fundamentos da política.

Conceito de Platão sobre ALMA: ele achava que existiam 2 tipos de conhecimento; 1 que chega através do nosso corpo (você vê ou alguém lhe conta) pelos órgãos do sentido, porém este conhecimento tem valor pequeno, passageiro; o segundo conhecimento vem de um lugar, onde todas as almas (essência), um lugar perfeito, e a alma têm contato com isso, e este é o verdadeiro conhecimento. Ele diz que as idéias que a alma trás são perfeita. A alma vem deste lugar perfeito e habita um corpo, ela sofre um “baque” e perde, esquece o verdadeiro conhecimento. Esquecendo, então, a alma vai reconhecendo (conhecendo de novo) as coisas. AS almas vão ao corpo por vontade dos deuses, diz Platão. Quando morre, a alma voltas ao mundo perfeito, e depois volta para outro corpo, e assim vai. Função disso tudo: a alma vai e faz algo que ajude a sociedade, isso foi a função. Por fim, Dionísio morre, Dion chamava Platão novamente, e não dá certo de novo e tenta mais duas vezes depois e nada adianta. Platão volta à sua Academia, e lá morre de velhice.



384 a.C: Nasce Aristóteles.



Aristóteles vêm de uma família de médicos (então Aristóteles procura Causa e Efeito). Então, Aristóteles, tem que escolher entre as duas Academias da época, e escolhe a de Platão (porém só vem a conhecer Platão, 1 ano depois). Rei Filipe chama Aristóteles para dar aulas a seu filho. Isso foi logo após a morte de Platão, que colocou um sobrinho em seu lugar na Academia (o que não agradou a Aristóteles, pois achou injusto, e era).

Aristóteles tendo dado aula ao pequeno Alexandre (futuro Alexandre, o Grande), com o dinheiro que ganhou com isso, monta sua própria Academia. Alexandre morre em 323 a.C. “Cada coisa têm sua natureza própria, e essa natureza não muda”. Pensava Aristóteles. Por ter este pensamento, Aristóteles começa a sofrer represálias, pois estava havendo uma grande mistura das raças, e ele não concordava com isso. Morreu um ano após. Para Platão, alma e corpo era algo dividido, Aristóteles não acreditava em tal divisão. Afinal, pensava ele, para que serve uma alma sem corpo e vice versa? Então, ele junta corpo e alma. “Se o corpo for o olho, a alma será a visão”, ou seja, as sensações ligam corpo e alma. Ele dizia que assim como quando o corpo morre, ele é assimilado pela terra, a alma é pela energia. “Uma coisa leva à outra”, isso com relação a tudo. Aristóteles dizia sobre as cosias SUPRALUNARES e as SUBLUNARES. Sublunar as coisas teriam uma ordem reta, um movimento reto; Supralunar, um movimento circular, e acima da Supralunar, não havia movimento, era fixo, era o MOTOR ORIGINADOR (algo como Deus).



-As Escolas da Antiguidade e o Cristianismo-



Na Antiguidade (séc. III a.C.-III d.C) você tem diferentes escolas filosóficas, todas tentando entender o homem, seus sentimentos, e muitas outras coisas.



-Epicurismo- (EPICURO)



-Baseia-se na busca do prazer, fuga da dor.

-homem direcionado para o bem, vai ao prazer e sai da dor.

-Porém não é um prazer inconseqüente



-Estoicismo- (ZENÃO)



-estoicamente=enfrentar

-O homem será melhor se ele enfrentar todos os obstáculos.



-Ceticismo- (PIRRO)



-Filosofia baseada na dúvida

-A pessoa sabe uma verdade, quando lhe é apresentada outra, a pessoa tem dificuldade de acreditar, em princípio ela duvida, sempre quer uma prova.



-Cristianismo-



A alma passa a ser entendida do ponto de vista de redenção “...a origem e o destino da alma estão ligados a idéia de uma vida eterna, da vitória do pecado pelas obras, pela graça, e da dignidade da vida em Jesus Cristo.”

Da época medieval, os tipos de história mais freqüentemente encontrados são: Cavaleiros da Tabula Redonda e Rei Arthur, e histórias de magia, rituais, visões...

-Estas histórias se passam mais ou menos no ano 500.

-A honra é o bem mais precioso para os cavaleiros.

-O amor tem importante papel.

-Conta a história de seres dotados de poderes incríveis.

-Guerras e batalhas.

-Quem vela pelo homem é sempre Deus.

-As batalhas ocorrem em nome de Deus.

-Você encontra mais padres e soldados (padres, soldados e outros...)



“Sífilis causa loucura em um certo estágio da doença, ela foi uma das doenças da idade média”.

Então, nesta época, haviam casos de loucura coletiva. Na Idade Média pensava que as doenças ocorriam devido um demônio nocorpo ou algo assim. Com Hitler, nos campos de concentração, eram feitos buracos nos crânios dos prisioneiros, para fazer com que o demônio saísse. “A grama pode estar coberta de neve, mas há vida” - a capacidade do homem de se reestruturar, renascer, é infinita.



Séc. XVI

-René Descartes- (1596-1650)



Já estamos em um pensamento altamente tecnológico (claro, de acordo com a época). O homem é inventor. O homem está encantado com o que ele é capaz de produzir. “O mundo é uma enorme mesa de bilhar: cada movimento determinará outro movimento” Era como o mundo nessa época era considerado.

Bom, basicamente, tudo é baseado em MÁQUINA, um mundo de física, um mundo mecânico, até o homem é visto como maquina.

“Descartes retorna à psicologia”, é o maior responsável pela quebra dos dogmas da igreja, segundo alguns historiadores.

Descartes: francês, rico, esquisito, frágil de saúde, estudou em colégio de padres, por ter saúde frágil, ele era dispensado de todas as atividades matinais, e era o tempo em que fica estudando, pensando. Descartes vai para a Holanda, em um treinamento de tiro de canhão. Todos acertavam, menos ele. Então ele criou o “X da questão”, pensou em calcular o X para acertar o alvo, ou seja, calcular o que não está claro, para acertar o alvo. “Alma é assunto da igreja” “Pensamento, sentimento, idéia é da ciência”.

Descartes era fechado, nunca se prendeu a nenhuma instituição, não se casou, porém teve uma filha. É chamado para dar aula de filosofia para a rainha da Suécia. Ela queria que as aulas fossem de madrugada e na biblioteca, local muito frio. Descartes tinha saúde frágil e adoeceu e morreu de pneumonia).

A soberania da alma sobre o corpo ainda era mantida, porém Descartes jogou para a igreja a responsabilidade de dizer o que era a alma, deixando ela em segundo lugar, por ter tirado ela do estudo dos filósofos. A igreja não gostou desta atitude.

René divide o homem em corpo (inúmeras funções como memória, percepção, movimento...) e mente (pensar!). Não há soberania da mente sobre o corpo, pois a mente está dentro do corpo, no cérebro, na Glândula Pineal. Agora, a alma está algo mais divino (quase como é nos dias de hoje).



Mente - Idéia- idéias adquiridas e idéias inatas.

Idéias adquiridas são as que você aprende com experiência de vida.

Idéias Inatas são as que você já nasce sabendo.



Descartes (MENTE e CORPO) - Idéias Adquiridas e Idéias Inatas



Após Descartes veio o EMPIRISMO, que foi a primeira base para o surgimento da Psicologia. No Empirismo as idéias são fruto da aprendizagem e se acredita no acúmulo de ESPERIENCIAS SENSORIAIS (sensação e reflexão)



John Locke (séc. XVIII)

“Como o ser humano adquire conhecimento?”



A única fonte de conhecimento é a Experiência Sensorial, diz John Locke, acabando com as Idéias Inatas. A idéia de Deus ou do Infinito (coisas abstratas), em algum momento, mesmo que você não se lembre alguém lhe disse sobre isso. “Não existe reflexão sem sensação”, ou seja, o ponto de partida para o conhecimento é a Experiência Sensorial.



Empirismo é uma corrente filosófica.

Então, com o empirismo e os pensamentos de Locke, estamos quase na psicologia.



Descartes (França)-Locke (Inglaterra)- Leibniz (Alemanha)



Leibniz contradiz o Empirismo. Ele diz que tudo pode ser decomposto até uma partícula indivisível. E no mundo mental é assim também. “Quando vejo uma onda quebrando no mar, eu vejo uma onda quebrando no mar, mas não me dou conta de quantas percepções preciso ter para chegar na onda quebrando no mar”. Este grupo de percepções que está por de trás da nossa consciência chama-se APERCEPÇÕES.

Na base da psicologia empirista, é usado Locke, e na base da humanista é usado Leibniz. O homem gera seus atos, não é só uma reflexão do meio externo, não é só um local de atos. “O homem não é o local de atos”.



*Positivismo= só existe aquilo que eu posso perceber. “Se cai uma arvore na floresta, e não há ninguém lá para ver, ela faz barulho ao cair?”.



*Materialismo= só existe aquilo que eu posso mensurar (medir).



Vamos passar pelo fim do séc. XVIII e pelo XIX inteiro, uma grande evolução na medicina.



Descartes (1596 - 1650)

:...nervos são ocos.”



Dizia que através de uma passagem de ar, dentro do nosso corpo, que nós nos movimentávamos. “Arco Reflexo” - movimentos involuntários.



David Harley (1705 - 1757)



“...nervos são sólidos...transmitem impulsos...produzem vibrações no cérebro...são equivalentes fisiológicos das idéias.”



Johannes Muller (1801 - 1858)



“energias especificas dos nervos” ou seja, não adianta colocar uma luz forte no olho, que o joelho não irá se mexer. “Então, cada nervo é responsável por um tipo de movimento.”



Marshall Hall (1790 - 1857)



Fala sobre o movimento voluntário (do cérebro); movimento reflexo (da medula); movimento involuntário (estímulo direto de uma musculatura).



Pierre Flourens (1794 - 1867)



“...cérebro e os processos mentais superiores; cerebelo e a coordenação; bulbo raquidiano e as batidas cardíacas, respiração e outras funções vitais.” Era isso que ele pensava. Dizia que cabe ao cérebro toda parte do pensamento, ao cerebelo a parte da coordenação muscular e ao bulbo, os movimentos involuntários.



-TÉCNICA DE EXTIRPAÇÃO-



Tira um pedaço do corpo e observa o que ocorre em seguida.



-MÉTODO DE ESTÍMULOS ELÉTRICOS-



Estimular uma parte do corpo do paciente por eletricidade e observar (a pessoa sobrevivia).



Paul Broca (1824 - 1880)



“...lobo frontal e a fala...”, lobo frontal é o local de necrose, o texto abaixo explicará.



Trabalhava em um hospital... Extirpavam... Estimulavam... Havia um paciente que estava perdendo as funções, começou a perder a fala (era um paciente muito simpático). Então, em dado momento, ele conseguia pronunciar “tãn tãn...”. Daí vem à expressão “... ele é tãn tãn da cabeça”. Broca não deixou com que extirpassem ou eletrocutassem este paciente, esperou que morresse e o abriu, descobrindo uma necrose na parte da fala (lobo frontal).



Luigi Galvani



Falava sobre o impulso elétrico e fazia demonstrações com isso em praça pública. Vamos para a Alemanha, em Leipzig, lá havia uma ótima faculdade de medicina e um fisiologista muito rígido, Wundt. Ele dizia que a medicina já estava muito avançada, que já se sabia sobre estímulos elétricos, como funcionavam e tudo mais. Porém, por exemplo, você encosta em alguém, estimula o cérebro, o cérebro manda o estímulo de volta, e você sente a pessoa encostando, mas em que momento há a consciência deste toque? Afinal, um paciente em coma, é tocado, os estímulos funcionam, mas não há consciência. Então, começa um estudo da CONSCIÊNCIA DA SENSAÇÃO, e este estudo é chamado de PSICOLOGIA. Então ela surge suportada pela filosofia empirista (experimental) e pela parte da medicina, a fisiologia.



quarta-feira, 31 de março de 2010

Pluricom organiza o III Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência & Profissão


A Pluricom Comunicação Integrada foi a empresa escolhida pelo Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB), composto por 21 entidades da Psicologia, para organizar a terceira edição do Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão, que acontece no período de 3 a 7 de setembro, no Memorial da América Latina e na UNINOVE, em São Paulo. O evento deve reunir cerca de 8 mil participantes de todo o país.

Durante os cinco dias do evento, serão realizadas conferências, mesas-redondas, mini-cursos, simpósios, relatos de experiências profissionais, apresentação de pôsteres, entre outras atividades. As inscrições de trabalhos para apresentação no evento devem ser feitas diretamente no site www.cienciaeprofissao.com.br até o dia 22 de abril.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail congresso@cienciaeprofissao.com.br ou pelo telefone 0800-7710855.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


COMPLEXO DE ÉDIPO


Alguns conceitos em psicologia são particulares de algumas abordagens psicológicas e o complexo de Édipo é um conceito fundamental para a psicanálise, entendido, inclusive, como sendo universal e, portanto, característico de todos os seres humanos. O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Metaforicamente, este conceito é visto como amor à mãe e ódio ao pai, mas esta idéia permanece, apenas, porque o mundo infantil resume-se a estas figuras parentais ou aos representantes delas.

A idéia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir proteção e amor total, o que é reforçado pelos cuidados intensivos que o recém nascido recebe por sua condição frágil. Esta proteção é relacionada, de maneira mais significativa, à figura materna. Mais ou menos aos três anos, a criança começa a entrar em contato com algumas situações em que sofre interdições. Estas interdições são facilmente exemplificadas pelas proibições que começam a acontecer nesta idade. A criança não pode mais fazer certas coisas porque já está “grandinha”, não pode mais passar a noite inteira na cama dos pais, andar pelado pela casa ou na praia, é incentivada a sentar de forma correta e controlar o esfíncter, além de outras cobranças. Neste momento, a criança começa a perceber que não é o centro do mundo e precisa renunciar ao mundo organizado em que se encontra e também à sua ilusão de proteção e amor total. O complexo de Édipo é muito importante porque caracteriza a diferenciação do sujeito em relação aos pais. A criança começa a perceber que os pais pertencem a uma realidade cultural e que não podem se dedicar somente a ela porque possuem outros compromissos, como é o caso do trabalho, de amigos e de todas as outras atividades.

A figura do pai representa a inserção da criança na cultura, é a ordem cultural. A criança também começa a perceber que o pai pertence à mãe e por isso dirige sentimentos hostis a ele. Estes sentimentos são contraditórios porque a criança também ama esta figura que hostiliza. A diferenciação do sujeito é permeada pela identificação da criança com um dos pais. Na identificação positiva, o menino identifica-se com o pai e a menina com a mãe. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo tem “ódio” pelo ciúme da mãe. A menina é hostil à mãe porque ela possui o pai e ao mesmo tempo quer se parecer com ela para competir e tem medo de perder o amor da mãe, que foi sempre tão acolhedora. Na identificação negativa, o medo de perder aquele a quem hostilizamos faz com que a identificação aconteça com a figura de sexo oposto e isto pode gerar comportamentos homossexuais. Nesta fase, a repressão ao ódio e à vontade de permanecer em “berço esplêndido” é muito forte e o sujeito desenvolve mecanismos mais racionais para sua inserção cultural. Com o aparecimento do complexo de Édipo, a criança sai do reinado dos impulsos, dos instintos e passa para um plano mais racional. A pessoa que não consegue fazer a passagem da ilusão de superproteção para a cultura, psicotiza.

Autoria: Paula Regina Guimarães

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Introdução ao estudo da anatomia


Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.

ANATOMIA: ANA (em partes), TOMEIN (cortar).

Estuda-se os sistemas que compõe o organismo do indivíduo: Sist. Esquelético e Articular, Sist. Muscular, Sist. Nervoso, Sist. Circulatório, Sist. Respiratório, Sist. Digestório, Sist. Urinário, Sist. Genital (masculino e feminino), Sist. Endócrino, Sist. Sensorial e Sist. Tegumentar.

Posição Anatomica

Indivíduo em posição ereta, com a face voltada para frente, olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, ao longo do tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidos para frente.


Sistema esqueletico

Pode-se definir o esqueleto como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções.


Os ossos são definidos como peças rijas, formadas por tecido ósseo, de número, coloração e forma variáveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto.

Funções do esqueleto

Proteção (para órgãos como o coração, pulmões e SNC); Sustentação e conformação do corpo; Local de armazenamento de íons Cálcio e Fósforo (durante a gravidez a calcificação fetal se faz, em grande parte, pela reabsorção destes elementos armazenados no organismo materno); Sistema de alavancas (que movimentadas pelos músculos, permitem o deslocamento do corpo num todo ou em partes); Local de produção de células do sangue.

Divisões do esqueleto

Esqueleto Axial: porção mediana, formando o eixo do corpo, composto pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome);


Esqueleto Apendicular: apensa ao esqueleto axial, formando os membros.
A união entre duas porções se faz por meio de cinturas: escapular (constituída pela escápula e clavícula) e pélvica (constituída pelos ossos do quadril e coxas).


No indivíduo adulto, com o desenvolvimento orgânico já completo, o número de ossos é de 206. Este número sofre variação de acordo com os critérios de contagem.

Classificação dos ossos

Há várias maneiras de classificar os ossos. Podem ser classificados pela sua posição topográfica (ossos axiais e apendiculares), mas a classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, conforme a predominância de uma das dimensões (comprimento, largura ou espessura):

Osso longo:



Seu comprimento é maior que a largura e espessura. Ex: ossos do esqueleto apendicular (fêmur,úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula e falanges). Estes apresentam duas extremidades chamadas epífises (proximal e distal) e um corpo chamado diáfise. Esta,possui uma cavidade no seu interior chamado canal medular, onde se aloja a medula óssea. Nos ossos que ainda não completaram seu crescimento, existe a cartilagem epifisial (disco cartilaginoso localizado entre a epífise e a diáfise).

Osso laminar:


Também chamado plano,apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Ex: ossos do crânio, escápula e osso do quadril.
Osso curto: apresenta equivalência das três dimensões. Ex: ossos do carpo e do tarso.
Osso irregular: apresenta morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Ex: vértebras, osso temporal, etc.

Osso pneumático:




apresenta cavidades (sinus ou seios), revestida de mucosa e contendo ar. Ex: frontal, maxilar, temporal, etmóide e esfenóide.

Tipos de substância óssea:

Substância óssea compacta: as lâminas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas, sem que haja espaço entre elas. Por essa razão, este tipo é mais denso e resistente.
Substância óssea esponjosa: as lamínulas ósseas são mais irregulares e se arranjam deixando espaços ou lacunas entre elas.
A medula óssea que se aloja no canal medular, também se encontra nos espaços do tecido esponjoso.

Periósteo:
Os ossos encontram-se sempre revestidos por delicada membrana conjuntiva denominada periósteo, responsável pelo espessamento ósseo.
Nutrição:
Os ossos são altamente vascularizados, devido à sua função hemopoiética. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea.

Principais ossos

Crânio: frontal, parietal, temporal, occipital, maxila, mandíbula, nasal, zigomático, Vértebras – cervicais, torácicas, lombares, sacrais coccígeas, Esterno e costelas, Escápula e clavícula, Úmero, ulna, rádio, carpo, metacarpo, falange, Osso do quadril, fêmur, tíbia, fíbula, tarso.



???

Por onde anda você?
Por onde anda seus passos?
Será que estás a vagar,
Como eu, no espaço?

Será que teu coração
Que vivia cheio de amor
Vive triste, vazio
Como o meu, cheio de dor?

E os teus lábios macios,
Com tanto ardor e beijos
Também se encontram trêmulos,
Como o meu com desejo?

O seu corpo esguio e quente
Que tinha calor a dar
Será que está tão sozinho,
Como o meu, tão frio, a vagar?

Será que teus negros olhos
Não podemos meus encontrar
Pr’a eles se descobrirem
E, novamente se AMAR?

Ahamed Arfux

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010





Ser ou não Ser

A dor pungente
Que brota em meu peito
Não nasce de mim
Nem de você
Nasce da angustia
Do antes do ser
Do ser ou não ser
Do ser pelo saber

A dor pungente
Que brota em meu peito
Tem fontes oriundas
De questionamentos
Infindáveis
Onde mora a razão
Da teimosa emoção
Que insiste em sentir
A verdade risonha
Dos tempos de infância

A dor pungente
Que brota em meu peito
Não nasce de mim
Nem de você
Se faz aqui e ali
Em composição dos atos (e átomos?)
Do dia, da noite
Do maravilhoso
Tenebroso, miraculoso
Do certo e duvidoso
Do antes do ser
O ser ou não ser
Do ser pelo saber!

Itaciana Roballo

http://itacianaroballo.blogspot.com



Sou o que não posso ser

Não podemos ser nós
Por nós mesmos...
Há muito de minha mãe em mim,
De meu pai, de amigos,
De inimigos, de estranhos...

Sou como mel que não consegue
Ser mel por si só
Mas néctar de milhões de flores
E como abelha, vou sugando
De estranhos o conhecimento
A experiência e a coragem.

Estranhos que não conheço
Que não conhecem-me
Mas cientes do compartilhamento
Pois aquilo que pareço ser
Não é aquilo que sou
Se não fragmentos de livros
De som, de sabor e de imagem...

Não posso ser o que não acabou
O que não acaba é continuo
Uma construção sem fim
A imensidão de um deserto
Com bilhões de bilhões
De grãos de areia.

Sou uma vastidão
Sou ermo de mim
Pois sou todos em um
O grande deserto
Onde trilho
Minhas idas e vindas
Meus vôos...
Minhas decaídas...
Davi Roballo

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Click na figura para baixar o livro em .pdf

O mundo de Sofia

O autor consegue prender a atenção dos leitores jovens e leigos em uma fantástica viagem pelo mundo da filosofia ocidental, através de sofia uma menina que vai completar quinze anos...

A história começa quando Sofia encontra em sua caixa de correio uma carta anônima endereçada a ela, a partir daí passa a receber cartões postais, bilhetes de um Major do Líbano para serem entregues à sua filha uma menina chamada Hilde que também fará aniversario na mesma data que ela, porém da qual ela nada sabe. Apesar de nunca ter ouvido falar nesse estranho Major Sofia vai percebendo que ele sabe tudo sobre ela.

O autor parte dai para desenrolar todo o romance que envolve os leitores em um mundo de fantasia do qual todos mergulharão no fascinante mundo da filosofia ocidental. Pois um professor de filosofia vai explicando a Sofia de uma maneira muito especial os principais pensamentos filosóficos ocidentais, e o leitor voa junto com a heroína por um caminho vívido onde o autor desvenda o mais complexo da filosofia em formas de cartas ou de conversas amigáveis e bastante informais.

O autor usa todos os recursos que consegue para deixar a filosofia algo de fácil entendimento, usando brinquedos e até formas de bolo para explicar a teoria platônica das idéias. As lições de filosofia são tiradas do dia a dia de Sofia, e nesse contexto a presença de Hilde e seu pai que está distante o Major se tornam muito presentes para Sofia, o desfecho da história promete ser no dia do aniversário de Sofia e Hilde, pois o Major promete a Hilde um presente que vai deixar claro para Sofia todo o mistério.

O professor continua presente todo o tempo, Sofia não compreende porque sonha com Hilde, a vê, fala com ela, mas a outra menina nunca responde ou dá sinal de estar vendo-a também. Tudo parece tão estranho até chegar o aniversário de Hilde e o pai lhe dar um livro chamado O Mundo de Sofia, livro esse que a própria Sofia também recebeu igual. O mistério fora desvendado, Sofia, o professor e todos que faziam parte de sua vida não passavam de personagens do livro que o Major escreveu para que a filha Hilde soubesse tudo sobre Filosofia de uma maneira que nunca mais esquecesse.

Apesar de Sofia de inicio ficar triste por não ser uma menina real, o professor lhe mostrou que ela como personagem seria eterna, e poderia ajudar muitas outras meninas a aprenderem sobre filosofia. Com isso o autor conseguiu de maneira brilhante que os leitores também aprendessem muito, completamente envolvidos no enredo!


Fonte: http://pt.shvoong.com/books/253038-mundo-sofia/